Com a atividade nacional de 14 e 15 de Novembro no CNAE, completou-se o ciclo de cinco anos do acordo de cooperação com o CNE, cujo compromisso foi cumprido no acompanhamento anual da FNA em ações de plantação, retancha e viveiro, com a etapa pioneira de pinheiro-de-alepo e sequência de autóctones de carvalho-cerquinho, carvalho-alvarinho, azinheiras e sobreiros.
O contingente de fraternos que marcou presença, representou os núcleos do Algarve, Setúbal, Lisboa, Covilhã, Vila Real, Porto e Braga e colaborou no serviço a campo com o staff da atividade de plantação do GreenCork, assegurando o cumprimento dasa tarefas e o horário do programa. A celebração eucarítisca campal foi um momento partilhado por todos os escuteiros, tendo o Pe. Luís Marinho reflectido sobre o que cada um de nós pode “aprender da figueira”.
Entre 2010 e 2015 o voluntariado da Fraternidade acompanhou o renascimento do Monte Trigo, de Idanha-a-Nova, do fogo florestal que o assolou e do ordenamento que o modelou, e tem sido nítida a progressão do seu povoamento nas zonas de plantação. Embora ao seu próprio ritmo este bosque renascido tem ido ao encontro da valorização do espaço como Campo Escutista merece.
Na noite de sábado, foram apresentados os resultado da monitorização anual do povoamento, em gráficos, a oportunidade de partilhar um fogo-de-conselho improvisado acompanhado do ritual da “grolle”. No domingo realizou-se a cerimónia simbólica do encerramento deste Acordo, na presença do Presidente da FNA e do Chefe Nacional do CNE, tendo sido entregue um quadro evocativo que ficará afixado na sala principal do CNAE. A atividade terminou com um Porto-d’Honra e a Canção do Adeus.
Muitos milhares de horas e de passos depois, de plantas, caldeiras, tutores e rega também, o sentimento geral dos escuteiros adultos é que o voluntariado no CNAE Valeu a Pena.
Mesmo que o fim da história seja aqui.
VOLUNTARIADO AMBIENTAL DA FRATERNIDADE NO CNAE DE IDANHA-A-NOVA
Acordo de Cooperação entre a FNA e o CNE entre 2010-2015
A Fraternidade de Nuno Álvares consciente do risco de degradação do povoamento florestal do Campo Nacional de Atividades Escutistas, associou-se por acordo de cooperação com o Corpo Nacional de Escutas e juntas implementaram, entre os anos de 2010 a 2015, um projeto de intervenção direta na reflorestação do local, em equilíbrio com a prática regular de atividades escutistas.
A estratégia inovadora do projeto baseou-se em ações técnicas regulares realizadas em parceria entre a FNA e o CNE, que visaram numa primeira fase a recuperação ecológica dos socalcos do Campo, através da fixação de plantação pioneira com rega localizada, com resultados evidentes no combate à erosão, à criação de barreiras corta-vento e condições para acampamento.
Na prossecução destes objetivos foi estabelecida uma segunda fase destinada a minimizar a perda de Biodiversidade, através do adensamento do coberto vegetal com espécies autóctones e protegidas, com plantas previamente aclimatadas e endurecidas, num esforço conjunto para tornar este Campo Escutista num verdadeiro bosque, onde as mais variadas espécies estão a ocupar o seu lugar.
A Reflorestação do CNAE durante a expressão deste acordo de cooperação representou um compromisso para a FNA na forma de vivência como escuteiros adultos e como exemplo para impulsionar a sensibilização progressiva da mudança de comportamentos ambientais e de redução da pegada ecológica do movimento escutista em Portugal.
Esta também é ocasião para demonstrar o reconhecimento aos apoios deste projeto pela EDP - Gestão da Produção de Energia e pelo Município de Idanha-a-Nova, entidades que foram determinantes para a operacionalidade material do voluntariado ambiental da Fraternidade.
No ano da comemoração do seu 60º aniversário, Idanha-a-Nova 15 de Novembro de 2015