A Fraternidade Nuno Álvares, Escuteiros adultos, através dos núcleos de Burgães (Sto Tirso) e de Rebordões e o grupo de teatro Grutaca de Seide, promoveram o romance de Camilo Castelo Branco "A Bruxa de Monte Córdova" fazendo a recreação e representação de partes da ação do romance nos próprios lugares referidos pelo escritor Camilo Castelo Branco.
Esta iniciativa teve inicio, no passado dia 15 de Julho, no mosteiro de S. Miguel de Refojos em Cabeceiras de Basto, local onde começa a narrativa desta história.
"...Angélica Florinda, do picoto, moçoila de rara beleza desperta a curiosidade, interesse e cobiça de todos, inclusive a comunidade monástica. Apaixona-se por Tomás de Aquino, estudante no mosteiro de S. Miguel de Refojos.
O enredo desta história é passado durante a guerra liberal, que por sua vez nos diz que Tomás de Aquino perde a vida durante a guerra. Angélica Florinda sem o seu amor e perdendo o rasto do filho de ambos, por ter emigrado para o Brasil, vai acabar sozinha em Monte Córdova na capela do Senhor do Padrão pedindo a Deus pelas pessoas.
O Barão de Burgães mais a sua esposa têm curiosidade em conhecer a "bruxa" e vão em romaria juntamente com os seus quatro filhinhos, criados e feitores, desde a sua quinta em Burgães, até Monte Córdova..."
Bem! Ficamos por aqui.
No passado domingo, dia 16 de Setembro, pela manhã, a Fraternidade Nuno Álvares e o grupo de teatro Grutaca vestidos a rigor, fizeram a recreação desta romagem do Barão de Burgães, família e seus amigos pelos montes da Senhora da Assunção até Monte Córdova. Chegados à capela do Senhor do Padrão deparamo-nos com muita gente à espera do que iria acontecer. Pois então, no interior da capela assistimos a um exorcismo, expulsando o espírito ruim que se meteu no corpo duma rapariga que, segundo dizem, tinha uma obstrução no corpo, salvo em tal lugar! (Episódio escrito por Camilo). Esta representação foi efetuada pelo grupo de teatro GRUTACA.
E como não há mordomia sem comedoria, a atividade terminou no parque de merendas de Valinhas refastelando os estômagos dos participantes com iguarias e bebidas de fazer dar arrotos de bomba real e de pôr as faces rosadas nas senhoras e as pescoceiras vermelhaças dos cavalheiros.
Excelente iniciativa, um autêntico quadro vivo do século XIX. Muito participada, grande entusiasmo de quem participou e de quem teve oportunidade de assistir.
Mais iniciativas seguirão.
Texto de Reinaldo Ferreira
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