“A MÍSTICA do SERVIÇO”
No culminar de uma sequência temática ao longo dos três anos, o tema da “Mística do Serviço” representa o objetivo e a finalidade onde desagua o sentido do “Compromisso” e da “Ação” dos anos anteriores. Estes dois primeiros temas, sendo mais vastos, podem ter significados mais amplos. O tema “serviço” exprime melhor a mística do Escuteiro Adulto, mas só no seu conjunto temos o sentido pleno da nossa realidade escutista. Recordando um pouco, a mística, no nosso contexto escutista, significa a nossa escolha e atitude que nos congrega em função de um ideal e a uma causa. Move-nos numa adesão a valores concretos, a ideais e a princípios. A nossa qualidade de cristãos dá-nos uma orientação mais precisa do sentido da nossa mística. Havendo muitas conceções e expressões de místicas concretas, há elementos comuns, e um deles é a referência ao transcendente e ao divino. Assim, não se pode falar de mística sem ter presente as dimensões espiritual e religiosa. A nossa mística comporta, em si mesma, os elementos específicos do escutismo e da fé cristã. O “Compromisso” desfia-nos a rever e a interiorizar, cada vez mais e melhor, a nossa adesão ao escutismo e a nossa “Promessa”. A “Ação”, entre outros aspetos, coloca-nos diante do “Método” escutista segundo o qual somos chamados a aprender e a crescer como pessoas e cristãos, e a caminhar ao longo de toda a nossa vida. A tríade Deus, o Próximo e a Natureza são o eixo essencial da nossa identidade escutista e da nossa mística. O serviço, como escuteiro, pressupõe a adesão em compromisso e em ação tal como ela é no método escutista.
Antes de mais devemos apreender o essencial da mística que as diferentes divisas do escuteiro encerram: “Da melhor vontade”, “Sempre alerta”, “Servir”, “Sempre Alerta para Servir” e “Alerta para Servir”. Divisa é “uma frase simbólica que se toma como norma de procedimento”. As nossas divisas nos convidam a interiorizar cada vez mais a fórmula das Promessas e os seus conteúdos. Também interiorizar cada vez mais e viver os Princípios e a Lei do escuteiro. Em todos estes elementos, o culminar do ser escuteiro está naquilo que designamos como “Mística de Serviço”. Serviço a Deus, ao Próximo e também à Natureza. O estar disponível e empenhado para servir. “Amar os outros”, “praticar uma boa ação”, “cumprir os deveres para com Deus a Igreja e a Pátria”, “auxiliar o meu semelhante”, “obedecer à lei do escuta”. A Oração do Escuta resume na sua essência a forma de ser e de servir do escuteiro, a essência da mística do serviço.
No Evangelho, Jesus Cristo apresenta-se como modelo de Serviço: “…o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida…” (Mt 20, 28); “Se alguém quer servir-Me que me siga” (Jo 12,26); “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6, 24). “Dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também… não é o servo maior que o senhor…” (Jo 13, 16). Jesus apresenta-se como modelo de vida cristã com o mandamento do amor, e a missão do servir.
Jesus é o primeiro servidor do Pai e dos irmãos. O seu serviço ao próximo funda-se no serviço ao Pai.
A Sagrada Escritura apresenta-nos três virtudes que são essenciais na vida cristã, e na vida do escuteiro, e conhecidas como virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. No capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios, S. Paulo apresenta-nos o “hino” da Caridade, ou do Amor, o Amor Cristão, o amor que o escuteiro é chamado a viver e a praticar. “Agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade (ou Amor), mas a maior delas é a caridade”. No nosso percurso, como escuteiros adultos, nesta sequência de três anos e três temáticas, podemos fazer uma sequência que nos ajuda a melhor interiorizar e “fazer” vida de escuteiro: O ano do Compromisso, podemos dizer também o ano da Fé; o ano da Ação, podemos dizer, o ano da Esperança; e agora, o ano do Serviço, o ano da Caridade e do Amor.
Ao longo deste ano escutista, tenhamos como “mote” da nossa “Mística do Serviço” o conteúdo dos nossos Princípios e Lei do Escuteiro, assim como da Promessa e da Oração do Escuta. Também reflitamos e vivamos, ponhamos em prática, o modelo de Cristo servidor, e o citado capítulo 13 da Primeira Carta as Coríntios.
Assistente Nacional da FNA
Caros Escuteiros da FNA,
O ano 2021 que terminou, ano que nos continuou a condicionar a nossa vida Associativa pela situação epidémica provocada pela “COVID-19” levou-nos a cancelar algumas das nossas atividades provocando-nos algumas limitações nas que realizámos, com o agravamento da situação atual provocada pela nova variante Ómicron, embora já com algumas defesas derivado à proteção das vacinas tomadas, mas redobrando alguns cuidados.
Será necessário neste momento o contributo de todos os Associados para que, ao longo deste ano de 2022, possamos continuar a missão como Escuteiros Adultos dedicados ao Voluntariado, ajudando nas nossas Comunidades dentro do possível, sempre cumprindo as regras das autoridades de saúde, em ações de Cidadania de ajuda ao próximo, reforçando toda a vivência do “Compromisso” na “Ação” vivida no “Serviço” aos outros, que mais precisam nestes tempos tão difíceis, ajudando-nos também a interiorizar a nós próprios a missão que temos e nos identifica como Escuteiros Adultos, conseguindo com essas vivências chegar a uma melhor explicação real vivida por toda a Associação, nesta altura da verdadeira e sentida “Mística da FNA”.
Aproveito para vos propor um desafio a todos os Associados, acreditando que toda a Associação irá ajudar e que passo a explicar:
No fim deste ano em data já marcada no calendário Nacional de atividades para 2022, vamos realizar um encontro, Colóquio Nacional da FNA, no mês de novembro nos dias 19 e 20, pretendendo assim fazer o encerramento oficial dos temas anuais vividos neste triénio 2020/2022. Convido todos os Associados a estarem presentes em Vizela na Região de Braga nessa altura. Testemunhando assim toda a participação nestas atividades de vivências de Voluntariado com ações de Cidadania para construção da explicação da “Mística da FNA”.
Estamos a construir um documento “Brochura” para que fique registado para a história este trabalho, o que ao longo dos anos com os temas anuais se tem vindo a viver demonstrando a verdadeira missão da nossa Associação Fraternidade de Nuno Álvares. Assim fará sentido e só com a colaboração de todas as Direções Regionais, Direções dos Núcleos e todos os Associados conseguirmos algumas fotografias identificando várias ações no terreno com testemunhos escritos e explicações de cada evento, feito por Direções Regionais, Direções de Núcleos, Assistentes Regionais, Assistentes de Núcleos, Associados e entidades que se destacaram nestas vivências.
Vamos em breve enviar orientações para todos, explicando como devem proceder para o envio de todos os contributos para construir este documento que prometemos entregar no Colóquio a cada Direção Regional, Direções de Núcleos e entidades da Igreja e da Sociedade.
Este é o desafio… É ESTE O SENTIMENTO QUE NOS CONTINUA A MOVER.
Porque o nosso lema é: “SERVIÇO É NOSSA RAZÃO DE EXISTIR”.
Direção Nacional
Documento (acesso)
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